Leitura: Isaías 53.
Quem deu crédito à nossa pregação? E
a quem se manifestou o braço do SENHOR?
Porque foi subindo como renovo perante ele, e
como raiz de uma terra seca; não tinha beleza nem formosura e, olhando nós para
ele, não havia boa aparência nele, para que o desejássemos.
Era desprezado, e o mais rejeitado entre os
homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e, como um de quem os
homens escondiam o rosto, era desprezado, e não fizemos dele caso algum.
Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas
enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito,
ferido de Deus, e oprimido.
Mas ele foi ferido por causa das nossas
transgressões, e moído por causa das nossas iniquidades; o castigo que nos traz
a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados.
Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas;
cada um se desviava pelo seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre ele a
iniqüidade de nós todos.
Ele foi oprimido e afligido, mas não abriu a sua
boca; como um cordeiro foi levado ao matadouro, e como a ovelha muda perante os
seus tosquiadores, assim ele não abriu a sua boca.
Da opressão e do juízo foi tirado; e quem
contará o tempo da sua vida? Porquanto foi cortado da terra dos viventes; pela
transgressão do meu povo ele foi atingido.
E puseram a sua sepultura com os ímpios, e com o
rico na sua morte; ainda que nunca cometeu injustiça, nem houve engano na sua
boca.
Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o
enfermar; quando a sua alma se puser por expiação do pecado, verá a sua
posteridade, prolongará os seus dias; e o bom prazer do Senhor prosperará na
sua mão.
Ele verá o fruto do trabalho da sua alma, e
ficará satisfeito; com o seu conhecimento o meu servo, o justo, justificará a
muitos; porque as iniqüidades deles levará sobre si.
Por isso lhe darei a parte de muitos, e com os
poderosos repartirá ele o despojo; porquanto derramou a sua alma na morte, e
foi contado com os transgressores; mas ele levou sobre si o pecado de muitos, e
intercedeu pelos transgressores. Isaías
53:1-12
Introdução
A morte de Cristo pagou a pena por pecados do
passado, cometidos pelos “santos” do Velho Testamento e também de pecados
futuros, dos “santos” do Novo Testamento. O sacrifício do Velho Testamento não
tirava o pecado, como claramente ensina Hebreus 9:1-10; 10:4, mas apontava para
o dia em que o Filho de Deus verteria Seu sangue pela pecaminosa raça humana. “Fala aos filhos de Israel, e
dize-lhes: Quando algum de vós oferecer oferta ao Senhor, oferecerá a sua
oferta de gado, isto é, de gado vacum e de ovelha. Se a sua oferta for
holocausto de gado, oferecerá macho sem defeito; à porta da tenda da
congregação a oferecerá, de sua própria vontade, perante o Senhor”. Levítico 1:2-3 , um certo procedimento era para ser seguido, o animal
tinha que ser perfeito, sem defeito algum. O sacrifício chamado de dia de
expiação, “E Arão lançará sortes sobre os dois bodes; uma pelo Senhor, e a outra
pelo bode emissário.
Então Arão fará chegar o bode, sobre o qual cair
a sorte pelo Senhor, e o oferecerá para expiação do pecado. Mas o bode, sobre
que cair a sorte para ser bode emissário, apresentar-se-á vivo perante o
Senhor, para fazer expiação com ele, a fim de enviá-lo ao deserto como bode
emissário.” Levítico 16:8-10, demonstra perdão e a
retirada do pecado. O grande sacerdote tinha que levar dois bodes como oferta
pelo pecado. Um dos bodes era sacrificado como uma oferta pelo pecado do povo
de Israel (Levítico 16:15), enquanto que o outro bode era para ser solto no
deserto (Levítico 16:20-22). A oferta pelo pecado providenciava perdão,
enquanto que o outro bode providenciava a retirada do pecado. Jesus realizou o
trabalho dos dois bodes, Ele derramou o Seu Sangue Puro por nós e levou sobre
si os nossos pecados. Jesus realizou o trabalho dos dois bodes, morreu e por
nós e levou sobre si os nossos pecados. “Levando ele mesmo em seu corpo os
nossos pecados sobre o madeiro, para que, mortos para os pecados, pudéssemos
viver para a justiça; e pelas suas feridas fostes sarados.” 1 Pedro 2:24
·
A sua autoflagelação
A palavra flagelação refere-se
à prática de atos punitivos, mortificantes ou de sacrifício, por diversos
motivos (jurídicos ou religiosos), podendo ter origem em escolha voluntária ou
não. Sinônimos: aflição, enfado, mortificação, tormento e tortura.
·
A
sentença da morte de cruz
Cristo era livre para escolher ser crucificado ou
não; se ele optasse por não morrer, ainda assim continuaria sendo Deus da mesma
forma, porém nós estaríamos condenados ao inferno.
Crucificação é um método de execução cruel que tem sua origem na
Antiguidade e muito usada pelo Império romano. Esta prática foi abolida por
Constantino no século IV. Acredita-se que sua origem vem da Pérsia, e depois
foi trazida por Alexandre para o Ocidente, sendo então copiado dos cartagineses
pelos itálicos. Neste ato combinavam-se os elementos de vergonha e tortura, e
por isso o processo de crucificação era olhado com profundo horror. O castigo
da crucificação começava com flagelação, depois do criminoso ter sido despojado
de suas vestes. No azorrague os soldados fixavam os pregos, pedaços de ossos, e
coisas semelhantes, podendo a tortura do açoitamento ser tão forte que às vezes
o flagelado morria em consequência do açoite. O flagelo era cometido ao réu
estando este preso a uma coluna.
No ato de
crucificação a vítima era pendurada de braços abertos em uma cruz de madeira,
amarrada ou, raramente, presa a ela por pregos perfurantes nos punhos e pés. O
peso das pernas sobrecarregava a musculatura abdominal que, cansada, tornava-se
incapaz de manter a respiração, levando à morte por asfixia. Para abreviar a
morte os torturadores às vezes fraturavam as pernas do condenado, removendo
totalmente sua capacidade de sustentação, acelerando o processo que levava à
morte. Mas era mais comum a colocação de “bancos” no crucifixo, que foi
erroneamente interpretado como um pedestal. Essa prática fazia com que a vítima
vivesse por mais tempo. Nos momentos que precedem a morte, falar ou gritar
exigia um enorme esforço.
O termo vem do
Latim crucifixio (“fixar a uma cruz”, do prefixo cruci-, de crux (“cruz”), +
verbo figere, “fixar ou prender”.)
Os condenados eram crucificados e
abandonados na cruz até apodrecerem ou serem devorados pelas aves carniceiras.
Casos como o de Jesus, que foi sepultado após a morte, eram raríssimos.
[CÓPIA AUTÊNTICA DA SENTENÇA DE PILATOS, NO
PROCESSO DE JESUS CRISTO, EXISTENTE NO MUSEU DA ESPANHA. ESTA PEÇA TEM GRANDE
INTERESSE HISTÓRICO].
A sentença de Cristo
"No ano dezenove de TIBÉRIO CÉSAR, Imperador Romano
de todo o mundo, monarca invencível na Olimpíada cento e vinte e um, e na
Elíada vinte e quatro, da criação do mundo, segundo o número e cômputo dos
Hebreus, quatro vezes mil cento e oitenta e sete, do progênio do Romano
Império, no ano setenta e três, e na libertação do cativeiro de Babilônia, no
ano mil duzentos e sete, sendo governador da Judéia QUINTO SÉRGIO, sob o
regimento e governador da cidade de Jerusalém, Presidente Gratíssimo, PÔNCIO PILATOS;
regente na baixa Galiléia, HERODES ANTIPAS; pontífice do sumo sacerdote,
CAIFÁS; magnos do templo, ALIS ALMAEL, ROBAS ACASEL, FRANCHINO CEUTAURO;
cônsules romanos da cidade de Jerusalém, QUINTO CORNÉLIO SUBLIME e SIXTO RUSTO,
no mês de março e dia XXV do ano presente,
EU, PÔNCIO PILATOS, aqui Presidente do
Império Romano, dentro do Palácio e arqui-residência, julgo, condeno e
sentencio à morte, Jesus, chamado pela plebe - CRISTO NAZARENO - e galileu de
nação, homem sedicioso, contra a Lei Mosaica - contrário ao grande Imperador
TIBÉRIO CÉSAR.
Determino e ordeno por esta, que se lhe dê
morte na cruz, sendo pregado com cravos como todos os réus, porque congregando
e ajustando homens, ricos e pobres, não tem cessado de promover tumultos por
toda a Judéia, dizendo-se filho de DEUS e REI DE ISRAEL, ameaçando com a ruína
de Jerusalém e do sacro Templo, negando o tributo a César, tendo ainda o
atrevimento de entrar com ramos e em triunfo, com grande parte da plebe, dentro
da cidade de Jerusalém.
Que seja ligado e açoitado, e que seja
vestido de púrpura e coroado de alguns espinhos, com a própria cruz aos ombros
para que sirva de exemplo a todos os malfeitores, e que, juntamente com ele,
sejam conduzidos dois ladrões homicidas; saindo logo pela porta sagrada, hoje
ANTONIANA, e que se conduza JESUS ao monte público da Justiça, chamado
CALVÁRIO, onde crucificado e morto ficará seu corpo na cruz, como espetáculo
para todos os malfeitores, e que sobre a cruz se ponha, em diversas línguas,
este título: JESUS NAZARENO, REX JUDEORUM.
Mando, também, que nenhuma pessoa de
qualquer estado ou condição se atreva, temerariamente, a impedir a Justiça por
mim mandada, administrada e executada com todo o rigor, segundo os Decretos e
Leis Romanas, sob as penas de rebelião contra o Imperador Romano.
Testemunhas da nossa sentença:
Pelas dozes tribos de Israel: RABAIM DANIEL;
RABAIM JOAQUIM BANICAR; BANBASU; LARÉ PETUCULANI.
Pelos fariseus: BULLIENIEL; SIMEÃO; RANOL;
BABBINE; MANDOANI; BANCURFOSSI.
Pelos hebreus: MATUMBERTO.
Pelo Império Romano e pelo Presidente de
Roma: LÚCIO SEXTILO E AMACIO CHILICIO."
·
A Via dolorosa
Via Dolorosa é uma rua na cidade velha de Jerusalém, que começa na Portão do Leão e percorre a parte ocidental da cidade
de Jerusalém. Não se sabe hoje por certo quantos km tinha a vinha dolorosa,
pois com o passar do tempo seu percurso foi mudado.
1. A multidão.
(A zombaria do povo, entre essa multidão
estavam muitas pessoas que presenciaram milagres e sinais feitos por Jesus,
talvez Jesus olhou para os lados e se entristeceu profundamente, pois não achou
um amigo ou receptor de milagres ali por perto, onde estava a multidão que os
seguia?) Todos os que me
vêem zombam de mim, estendem os lábios e meneiam a cabeça, dizendo:
Confiou no Senhor, que o livre; livre-o, pois
nele tem prazer.
Mas tu és o que me tiraste do ventre; fizeste-me
confiar, estando aos seios de minha mãe.
Sobre ti fui lançado desde a madre; tu és o meu
Deus desde o ventre de minha mãe.
Não te alongues de mim, pois a angústia está
perto, e não há quem ajude.
Salmos 22:7-11
2. A queda com a cruz
nos ombros.
A perda da sua força física (Simão Cireneu levou a cruz) Simão de Cirene segundo os Evangelhos sinóticos foi obrigado pelos
soldados romanos a carregar a cruz de Jesus Cristo até ao Gólgota, o local onde
Jesus foi crucificado e sepultado as pressas pois era véspera do sábado
judaico. Simão de Cirene era pai de Alexandre e Rufo, e levou a cruz a pedido
dos soldados romanos até o lugar chamado "Gólgota" ou
"Caveira", que hoje é denominado de Monte "Calvário".
De acordo com os evangelistas Marcos e Lucas afirmam que Simão
"passava, vindo do campo" (Mc 15, 21; Lc 23, 26), se entende que
Simão estava chegando para a celebração da Páscoa Judaica ou talvez ele vinha
da área rural de Jerusalém.
Os franciscanos que marcam presença em Jerusalém desde 1300,
estabeleceram um roteiro deste caminho de Jesus que tem uma distância de
500 a 600 metros. Se
admitires como verdadeira a tradição protestante do lugar da crucificação de
Jesus localizar-se no Jardim do Horto, a distância aumentará em mais 500 metros
até o local. (Este se localiza no setor árabe da cidade de Jerusalém).3.As chicotadas
Fala-se
sempre das dores físicas de Jesus, mas o seu tormento e sofrimento mental,
segundo o autor, não costumam ser lembrados e reconhecidos pelos cristãos: “Ele
foi vítima de extrema angústia mental e isso drenou e debilitou a sua força
física até a exaustão total.” Zugibe
cita um trecho das escrituras em que um apóstolo escreve: “Jesus caiu no chão e
orou.” Ele observa que isso é uma indicação de sua extrema fraqueza física, já
que era incomum um judeu ajoelhar-se durante a oração. A palidez com que Cristo
é retratado enquanto está no Jardim das Oliveiras é um reflexo médico de seu
medo e angústia: em situações de perigo, o sistema nervoso central é acionado e
o fluxo sangüíneo é desviado das regiões periféricas para o cérebro, a fim de
aguçar a percepção e permitir maior força aos músculos. É esse desvio do sangue
que causa a palidez facial característica associada ao medo. Mas esse era ainda
somente o começo das 18 horas de tortura. Após a condenação, Jesus é
violentamente açoitado por soldados romanos por ordem de Pôncio Pilatos, o
prefeito de Judéia. Para descrever com precisão os ferimentos causados pelo
açoite, Zugibe pesquisou os tipos de chicotes que eram usados no flagelo dos
condenados. Em geral, eles tinham três tiras e cada uma possuía na ponta
pedaços de ossos de carneiro ou outros objetos pontiagudos. A conclusão é que
Jesus Cristo recebeu 39 chibatadas (o previsto na chamada Lei Mosaica), o que
equivale na prática a 117 golpes, já que o chicote tinha três pontas. As
conseqüências médicas de uma surra tão violenta são hemorragias, acúmulo de
sangue e líquidos nos pulmões e possível laceração no baço e no fígado. A
vítima também sofre tremores e desmaios. “A vítima era reduzida a uma massa de
carne, exaurida e destroçada, ansiando por água”,. Diz o legista Zugibe4. A Coroa de espinhos
Ao
final do açoite, uma coroa de espinhos foi cravada na cabeça de Jesus, causando
sangramento no couro cabeludo, na face e na cabeça. Também nesse ponto do
calvário, no entanto, interessa a explicação pela necropsia. O que essa coroa
provocou no organismo de Cristo? Os espinhos atingiram ramos de nervos que
provocam dores lancinantes quando são irritados. A medicina explica: é o caso
do nervo trigêmeo, na parte frontal do crânio, e do grande ramo occipital, na
parte de trás. As dores do trigêmeo são descritas como as
mais difíceis de suportar – e há casos nos quais nem a morfina consegue
amenizá-las. Em
busca de precisão científica, Zugibe foi a museus de Londres, Roma e Jerusalém
para se certificar da planta exata usada na confecção da coroa. Entrevistou
botânicos e em Jerusalém conseguiu sementes de duas espécies de arbustos
espinhosos. Ele as plantou em sua casa, elas brotaram e cresceram. O
pesquisador concluiu então que a planta usada para fazer a coroa de espinhos de
Jesus foi o espinheiro- de-cristo sírio, arbusto comum no Oriente Médio e que
tem espinhos capazes de romper a pele do couro cabeludo. Após o suplício dessa
“coroação”, amarraram nos ombros de Jesus a parte horizontal de sua cruz (cerca
de 22 quilos) e penduraram em seu pescoço o título, placa com o nome e o crime
cometido pelo crucificado (em grego, crucarius). Seguiu-se então uma caminhada
que os cálculos de Zugibe estimam em oito quilômetros. Segundo ele, Cristo não
carregou a cruz inteira, mesmo porque a estaca vertical costumava ser mantida
fora dos portões da cidade, no local onde ocorriam as crucificações. Ele
classifica de “improváveis” as representações artísticas que o mostram levando
a cruz completa, que então pesaria entre 80 e 90 quilos,. Diz
o legista Zugibe5. Os pregos nas mãos e
pés
Ao chegar ao local de sua morte, as mãos de Jesus
foram pregadas à cruz com pregos de 12,5 centímetros de comprimento. Esses
objetos perfuraram as palmas de suas mãos, pouco abaixo do polegar, região por
onde passam os nervos medianos, que geram muita dor quando feridos. Já preso à
trave horizontal, Cristo foi suspenso e essa trave, encaixada na estaca
vertical. Os pés de Jesus foram pregados na cruz, um ao lado do outro, e não
sobrepostos – mais uma vez, ao contrário do que a arte e as imagens
representaram ao longo de séculos. Os pregos perfuraram os nervos plantares,
causando dores lancinantes e contínuas. Diz o legista Zugibe
Pois me rodearam cães; o ajuntamento
de malfeitores me cercou, traspassaram-me as mãos e os pés.
Poderia contar todos os meus ossos; eles vêem e
me contemplam. Salmos 22:16-176. A despedida familiar
Mãe,
discípulos, amigos, Jesus da cruz despedia das pessoas que tanto amou enquanto
homem, pediu seu amigo João para cuidar de Maria sua mãe. Foi o ultimo adeus de
um filho bom e sem defeito a uma mãe que chorava angustiada.
E junto
à cruz de Jesus estava sua mãe, e a irmã de sua mãe, Maria mulher de Clopas, e
Maria Madalena.
Ora Jesus, vendo ali sua mãe, e que o discípulo
a quem ele amava estava presente, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho.
Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E
desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa. João 19:25-27
7. O fel
Para
quem estava com a garganta seca o fel seria a pior coisa nesta hora. A minha força se
secou como um caco, e a língua se me pega ao paladar; e me puseste no pó da
morte. Salmos 22:15
E, chegando ao lugar chamado
Gólgota, que se diz: Lugar da Caveira,
Deram-lhe a beber vinagre misturado com fel; mas
ele, provando-o, não quis beber. Mateus 27:33-348. A lança
A Lança do Destino, gravura representando a ponta de lança conservada em Viena. A lança (do grego:
λογχη, lonke) só é mencionada no Evangelho de João (19:31-36), e em nenhum dos Evangelhos sinópticos. O Evangelho declara que os Romanos pretendiam quebrar
as pernas de Jesus, uma prática conhecida como crurifragium, que objetivava
acelerar a morte numa crucificação.9. O último suspiro
“Os judeus, pois, para que no sábado não
ficassem os corpos na cruz, visto como era a preparação (pois era grande o dia
de sábado), rogaram a Pilatos que se lhes quebrassem as pernas, e fossem
tirados. Foram, pois, os soldados, e, na verdade, quebraram as pernas ao
primeiro, e ao outro que como ele fora crucificado; Mas, vindo a Jesus, e
vendo-o já morto, não lhe quebraram as pernas. Contudo um dos soldados lhe
furou o lado com uma lança, e logo saiu sangue e água. E aquele que o viu
testificou, e o seu testemunho é verdadeiro; e sabe que é verdade o que diz,
para que também vós o creiais. Porque isto aconteceu para que se cumprisse a
Escritura, que diz: Nenhum dos seus ossos será quebrado. E outra vez diz a
Escritura: Verão aquele que traspassaram.” (João 19: 31-37). Os criminosos crucificados pelos romanos permaneciam na cruz até que
apodreciam. Dificilmente essa cruel nação pode ser condenada mais severamente
que nossa própria gente, que até pouco tempo exibia os cadáveres dos condenados
a morte em lugares muito visíveis, atados com cadeias ao patíbulo. Essa
horrível prática foi abandonada, mas se manteve até tempos recentes.
Pergunto-me se algumas das pessoas de idade avançada aqui presentes recordam
desse horrendo espetáculo.
Entre os
romanos era algo muito normal, pois existem alusões clássicas a esse horror,
mostrando que os cadáveres das pessoas crucificadas, eram comumente abandonados
para que fossem devorados pelas aves de rapina. Provavelmente por deferência
aos costumes dos judeus, as autoridades da Palestina, cedo ou tarde permitiram
o enterro do crucificado; porem de nenhuma maneira se apressaram em fazê-lo,
pois não sentiam tanta repugnância a esse espetáculo como o israelita sentia.
José de
Arimatéia e Nicodemos assumiram o funeral de Jesus, ambos eram discípulos secretos
de Jesus e membros do Sinédrio. Por ser o Sinédrio a maior autoridade dos
judeus reconhecida pelos romanos, seus membros eram os cidadãos mais influentes
da nação.
Ao solicitar o
corpo de Jesus os dois se expuseram à inimizade dos lideres judeus que haviam
causado a morte de Jesus. Infelizmente, é raro presenciarmos uma atitude semelhante
a favor de Cristo por parte daqueles que conquistaram posições importantes na
sociedade, como ministros de governo, membros de parlamentos e servidores
civis. O que José e Nicodemos fizeram
equivale a membros de parlamento ou juízes de suprema corte tomarem para si a
responsabilidade de garantir um sepultamento decente para alguém. A missão
nesse caso corresponde a abandonar o corpo aos abutres, como os romanos faziam
com aqueles que eram crucificados.
Hoje não temos
mais o corpo de Cristo para sepultar, mas temos a causa de Cristo para
defender. Esses dois homens arriscaram suas carreiras pelo maior tesouro da
humanidade.
A lei mosaica, que podem achar no
Livro de Deuteronômio, diz assim: “Quando também em alguém houver pecado, digno
do juízo de morte, e for morto, e o pendurares num madeiro, O seu cadáver não
permanecerá no madeiro, mas certamente o enterrarás no mesmo dia;”
(Deuteronômio 21: 22-23) Esse mandato conduzia aos judeus a desejar o enterro
do executado; porem, havia outra razão. Para que a terra não fosse contaminada
no sábado santo da Páscoa, os principais sacerdotes insistiram que os corpos
dos crucificados fossem enterrados, e, por conseguinte que suas mortes foram
aceleradas quebrando suas pernas. Suas consciências não se acharam
sobressaltadas pelo assassinato de Jesus, porem estavam grandemente comovidas
pelo temor da contaminação cerimonial. Os escrúpulos religiosos podem viver em
uma consciência morta. Ai! Essa não é a única prova desse fato: poderíamos
encontrar muitas evidências em nossos dias. FONTE Traduzido de http://www.spurgeon.com.mx/sermon1956.html
Jesus permaneceu no túmulo durante todo o dia e toda a noite de
sexta-feira e sábado. Na manhã do primeiro dia da semana, o dia em que agora
celebramos a ressurreição, Maria Madalena foi ao sepulcro para ungir o corpo de
Jesus. Aproximando do túmulo, ela viu que a pedra estava revolvida, percebendo
a tumba vazia, correu até onde estavam Simão Pedro e o discípulo que Jesus
amava, João o apostolo e informou do fato acontecido, eles foram ver e creram,
Jesus não estava mais no tumulo, ela já havia ressuscitado.
1. Os touros de Basã
Muitos touros me cercaram; fortes
touros de Basã me rodearam.
Abriram contra mim suas bocas, como um leão que
despedaça e que ruge.
Como água me derramei, e todos os meus ossos se
desconjuntaram; o meu coração é como cera, derreteu-se no meio das minhas entranhas.
Salmos 22:12-14
Basã é uma região citada muitas
vezes na Bíblia ( Js 12:4, Dt 32:4, Ez 39:18, Mq 6:14 e 7:14) Era terra
de gigantes e de pastos de alta qualidade. Aliás, em Basã a agricultura e
pecuária eram admiráveis por causa da qualidade da terra. Touros de Basã,
portanto equivalem a touros fortes, robustos, bem alimentados.
Davi escreveu o salmo 22 , que narra os
sofrimentos do nosso Mestre Jesus Cristo. Séculos depois tudo se cumpriu , na
crucificação. Os sofrimentos do Senhor foram neste salmo comparados , aos
ataques dos touros da Basã. Os (touros) ou seja os sofrimentos aconteceram por
todos os lados, atacado pelas autoridades, pelo povo que gritava ''
crucificai-o''. Jesus foi afrontado pelo ladrão '' desce dai'' . Jesus levou
muitas chibatadas do ataque das humilhações psicológica. Jesus foi atacado pela
multidão que não fez nada e acompanhava tudo de longe e quando não suportou
mais gritou '' Meu Deus, meu Deus por que me desamparaste?''
Quando
Jesus foi sepultado e ele foi acertar umas continhas com os ‘touros de Basã’
dentro do inferno.2. Levou cativo o
cativeiro
O Evangelho de Mateus relata que imediatamente após a morte de Jesus, a terra
tremeu, houve uma escuridão e um eclipse, o véu no Templo se
partiu em dois e muitas pessoas se levantaram dos mortos e vagaram por
Jerusalém, sendo vistas pela população.
Jesus
morreu e em algum momento entre morte e ressurreição visitou a esfera dos
mortos onde Ele proclamou uma mensagem aos antidiluvianos, (Carta de Judas ) período
anterior ao dilúvio no tempo de Noé. Pedro não nos diz o que Ele proclamou a
estes encarcerados, mas não poderia ser uma mensagem de redenção, provavelmente
foi uma declaração de vitória sobre satanás e suas potestades (1 Pedro 3:22;
Colossenses 2:15). Efésios 4:8-10 parece também indicar que Cristo foi ao
“paraíso” (Lucas 16:20; 23:43) e levou ao céu todos aqueles que tinham Nele
crido antes de Sua morte. A passagem não dá grandes detalhes sobre o que
ocorreu, mas a maioria dos estudiosos da Bíblia concorda que é isto que
significa “levou cativo o cativeiro”.
“Levar cativo o cativeiro” quer dizer que
Jesus é senhor daquilo que nos aprisionava – que era nosso cativeiro, no caso,
o pecado. Jesus tem todo domínio e poder sobre o que nos prendia, quando éramos
escravos do pecado. Agora, libertos do pecado fomos feitos servos de Deus e o
aguilhão da morte não tem mais poder sobre nossas vidas.
16. A ressurreição
Ele ressuscitou e esta a
destra do Pai, esperando a ordem para nos arrebatar.
Rosa Dias