“O Salmo da crucificação”
Leitura Salmo 22
14 Como água me derramei, e todos os
meus ossos se desconjuntaram; o meu coração é como cera, derreteu-se no meio
das minhas entranhas.
15 A minha força se secou como um
caco, e a língua se me pega ao paladar; e me puseste no pó da morte.
23 Vós, que temeis ao Senhor,
louvai-o; todos vós, semente de Jacó, glorificai-o; e temei-o todos vós,
semente de Israel.
24 Porque não desprezou nem abominou a
aflição do aflito, nem escondeu dele o seu rosto; antes, quando ele clamou, o
ouviu.
26 Os mansos comerão e se fartarão;
louvarão ao Senhor os que o buscam; o vosso coração viverá eternamente.
27 Todos os limites da terra se
lembrarão, e se converterão ao Senhor; e todas as famílias das nações adorarão
perante a tua face.
29 Todos os que na terra são gordos
comerão e adorarão, e todos os que descem ao pó se prostrarão perante ele; e
nenhum poderá reter viva a sua alma.
Introdução
As palavras iniciais remetem o leitor à
crucificação, pois Jesus as citou na cruz (Mateus 27.46). É comum, portanto interpretar o salmo 22
apenas com referencias a vida de Jesus; precisamos também saber o que ele
significava para o salmista na época em que foi escrito.
·
O salmo divide em duas
partes:
1. (Sl 22: 1-22) é uma lamentação do salmista que
se encontra profundamente angustiado e tem impressão de que Deus o abandonou.
2. (Sl 22: 22-31) é um cântico de louvor
a Deus por aquilo que ele fez na vida do salmista, juntos as duas seções
ensinam uma profunda lição teológica relacionada à lacuna que às vezes observamos
entre a vida de fé e nossa experiência. Apesar de o salmista crer em Deus, esta
sofrendo; a fé em Deus não exclui o sofrimento; há muitos cristãos que pensam
que os verdadeiros fiéis não experimentam o sofrimento e que este é sinal de
pecados ocultos. O salmo 22 contesta essa ideia. O salmista não confessa nenhum
pecado; pelo contrário, expressa sua fé intensa e devoção ao Senhor. Apesar de
sua confiança e fé, porém, sofreu e se sentiu abandonado por Deus; precisamos
lembrar que a fé não é uma vacina contra enfermidades e sofrimentos; ter fé
significa, contudo, que ao passarmos pelo sofrimento, a mão do Deus fiel estará
presente para nos salvar. Por isso o salmo 22 começa com clamor de desespero e
termina com louvores pelo livramento. (conferir
C.B.A)
·
O salmo também é messiânico
‘o sofrimento do Messias’.
***
O Embora tivesse sido escrito
1.000 anos A.C, é uma descrição tão vívida da crucificação de Cristo que poderíamos
pensar que o autor estava pessoalmente presente ao pé da cruz; as palavras de
Jesus ao morrer (v.1), os escárnios dos seus inimigos (vs. 7 e 8), suas
mãos e pés transpassados (v.16), suas
roupas divididas entre os soldados (v.
18), algumas dessas declarações não são aplicáveis a Deus nem a qualquer
acontecimento conhecida da historia, mas tão somente a crucificação de Cristo. (M.BAH).
***
O A súplica por livramento.
No auge do sofrimento, o Senhor Jesus
também teve a sensação de abandono. Dirigiu-se ao Pai usando as mesmas palavras
‘Deus meu, porque me desamparastes?’ Mt 27.46; devido a sua condição humilhante, o Senhor
Jesus se tornou objeto de escárnio e as pessoas ao seu redor zombavam d’Ele, (v.8).
*** No sofrimento de Jesus; ele se
desumanizou e os outros o veem como um pouco mais que um verme, conforme Isaias
havia predito; foi desprezado e se tornou como um de quem os homens escondem o
rosto, Isaias 53.3, (V.6).
*** Aparentemente abandonado por Deus,
desprezado e alvo de zombaria daqueles que o cercam (v.11), os inimigos são
descritos como touros e como leão (v.12 e 13), os touros de Basã eram
conhecidos por seu tamanho e força, de modo que a imagem expressa o poder e ameaça
dos inimigos que o cercam; fazemos a mesma ideia com o leão que despedaça a sua
presa, e ainda seus inimigos são comparados como cães que farejam um homem
morto (VS. 14 – 16). Mateus 27.35 informa que ao prender Jesus, mesmo antes
dele morrer, já repartiram suas vestes; sabemos, pois que as vestes e pertences
do defunto só se repartem depois de enterrado.
*** Jesus sofreu a vergonha do martírio da
cruz; despido e sem força, a língua presa de secura ao céu da boca, os espinhos
da coroa fincavam sua fronte e o sangue escorria pelo seu rosto, entravam nos
seus olhos e boca e suas narinas respiram o forte cheiro do sangue e ele
impossibilitado de limpar, a agonia foi tamanha, pés e mãos presos na cruz, ninguém
podia se aproximar para limpar seu sangue, ele estava no alto da cruz e sentia
muita sede, uma sede insuportável, pedia
água, mas eles encharcaram uma esponja em vinagre e esfregaram em sua boca e
gritavam ‘quer água, beba’.
*** Em Mateus 27.27-56 vemos a
crucificação de Jesus; depois do açoitamento, o Filho de Deus foi maltratado e
humilhado por soldados e apareceu em público vestindo um manto escarlate;
puseram-lhe uma cora de espinho que destacava a intenção de escarnecer dele.
*** Jesus enfraqueceu fisicamente pelo
açoitamento e não conseguiu carregar a cruz, lançaram mão de um homem do campo,
por nome Simão, de Cirene (atual Líbia); foi obrigado pelos soldados romanos a
carregar a cruz, nesta hora não achou ali um discípulo de Jesus para oferecer a
carregar a cruz de seu mestre, esse privilégio foi para um gentio.
*** O Golgota era um lugar proeminente
fora de Jerusalém, onde os criminosos eram crucificados. O corpo deles era
deixado ali para servir de advertência ao povo, Jesus foi crucificado com uma
frase sobre sua cabeça ‘Este é o Rei dos judeus’; sem duvida tratava se de uma
zombaria, um tom de escárnio, mas expressava a verdade.
*** Jesus resistiu o máximo a dor; a
multidão que assistia a crucificação, entre eles os principais sacerdotes, com
os escribas e anciãos, proferia insultos a ele, assim como o ladrão da esquerda;
a rejeição de Jesus foi total, ele sofreu terrivelmente.
*** Há nas escrituras varias referencias
a esses versículos, indicando que Mateus estava interessado em contar a morte
de Jesus como cumprimento da vontade e do propósito de Deus expressos no Antigo
Testamento; (a escuridão que cobriu a terra é uma referencia a Amós 8.9 e mostra
o descontentamento do Senhor; o desamparo na cruz, Sl 22.1; as vestes
repartidas para sorteio, Sl 22.18; o vinagre oferecido, Sl 69.21).
*** Jesus manteve o controle ate o fim,
ate que entregou o seu espírito; ninguém lhe tirou a vida, ele mesmo a ofereceu
em resgate de muitos. O véu do templo rasgado por causa do terremoto tinha importância
simbólica para os escritos dos evangelhos; o véu separava o santuário do
restante do templo, seu rompimento marcou a abertura do caminho entre os homens
e Deus por meio de Jesus e a rejeição ao antigo sistema de sacerdotes e sacrifícios,
que dominava o templo e suas atividades.
*** Mateus é o único que menciona após a morte
de Jesus, um terremoto e a ressurreição de muitos corpos de santos que dormiam.
*** Os próprios soldados que o crucificaram afirmaram ‘verdadeiramente este era o Filho de Deus’.
·
Jesus é sepultado (Mateus 27.57-66).
José de Arimatéia obteve permissão para sepultar Jesus, a fim de
que ele não fosse lançado em uma vala comum, ou deixado ali na cruz para as
aves e betas feras, pois esta era uma sentença para os corpos crucificados;
José correu o risco de se tornar ritualmente impuro no sábado por haver tocado
um morto, mas ele quis demonstrar seu amor e seu respeito pelo mestre. As mulheres
continuaram ali, observando o que acontecia.
·
Jesus é ressuscitado (Mateus 28.1-15).
O testemunho das mulheres era pouco valorizado em Israel; sendo
inadmissível na corte; nem o apostolo Paulo cita mulheres como testemunhas da
ressurreição (I Cor 15.5-6); por isso é surpreendente que os evangelhos relatam
que as primeiras testemunhas da ressurreição tinham sido as mulheres; Mateus
não poderia inventar essa historia, essa historia é contada e aceitada porque é
verdadeira. O anjo ignorou os guardas e falou apenas com as mulheres, ele as
tranquilizou, ele sabia que elas estavam procurando por Jesus e mostrou a tumba
vazia. As mulheres foram tomados por um tipo de emoção e então Jesus apareceu a
elas em pessoas e as saudou, elas caíram aos pés do Senhor e o adoraram, porém
alguns dos discípulos duvidaram da ressurreição de Jesus, mas elas não, tal
atitude elevou as mulheres a uma certa honra aos olhos dos apóstolos e diante
do mundo, as mulheres devem continuar dizendo ao mundo que Jesus ressuscitou
dos mortos e esta vivo. Mesmo assim muitos homens não concordam ainda hoje em
mulheres estarem na frente da obra, porém Deus não as veem assim, ele ignora
tal atitude, Ele é Soberano e honra e levanta quem Ele quer, Ele sabe quem tem
a sua obra no coração e anseia por proclama La.
·
O boato (Mateus 28.1-15).
Ao recuperar a consciência, os soldados correram para contar aos
sacerdotes o que haviam acontecido, estes por sua vez espalharam o boato, que
os discípulos haviam roubado o corpo de Jesus.
·
Jesus desce ao inferno
Nas Escrituras
Hebraicas, a palavra usada para descrever a esfera dos mortos é “Seol”. Esta
palavra simplesmente significa “lugar dos mortos” ou o “lugar das almas, espíritos
que partiram”. A palavra grega do Novo Testamento que é usada para inferno é
“Hades”, que também se refere ao “lugar dos mortos”. Outras Escrituras no Novo
Testamento indicam que Seol/Hades é um lugar temporário, onde as almas ficam
enquanto aguardam a ressurreição e julgamento final. Apocalipse 20:11-15 dá a distinção clara entre
os dois. Inferno (o lago de fogo) é o lugar final e definitivo de julgamento
para os perdidos, (Mateus 11:23; 16:18; Lucas 10:15; 16:23; Atos 2:27:31), o
território dos salvos e o dos perdidos. O território dos salvos é chamado
“Paraíso” e “Seio de Abraão”. Os territórios dos salvos e dos perdidos eram
separados por um “grande abismo” (Lucas 16:26). Quando Jesus subiu aos Céus,
Ele levou consigo os ocupantes do Paraíso (os crentes) (Efésios 4:8-10). O lado
perdido do Seol/Hades permaneceu intacto. Todos os mortos incrédulos para lá
vão e esperam seu futuro julgamento final. Jesus foi ao Seol/Hades? Sim, de
acordo com Efésios 4:8-10 e I Pedro 3:18-20.
Para o teólogo escocês e judeu, Myer Pearlman, a passagem de I Pe 3.19 testifica que Jesus desceu ao inferno em algum momento entre sua morte e ressurreição. Mas Jesus desceu ao inferno para fazer o que exatamente? Em primeiro lugar, Pearlman credita esta passagem como um cumprimento de profecias, ou seja, Jesus estava apenas cumprindo profecias do AT (Salmo 16.10 e 49.15). Em segundo, Pearlman, afirma que Jesus após sua morte, desceu ao coração da terra (Mt 12.40; Lc 23.42,43) para libertar os santos do Antigo Testamento, levando-os consigo para o paraíso celestial. Ele mesmo explica dizendo que “essa descrição parece indicar que houve uma mudança nesse mundo dos espíritos e que o lugar ocupado pelos justos que aguardam a ressurreição foi traslado para as regiões celestiais”.
Para o teólogo escocês e judeu, Myer Pearlman, a passagem de I Pe 3.19 testifica que Jesus desceu ao inferno em algum momento entre sua morte e ressurreição. Mas Jesus desceu ao inferno para fazer o que exatamente? Em primeiro lugar, Pearlman credita esta passagem como um cumprimento de profecias, ou seja, Jesus estava apenas cumprindo profecias do AT (Salmo 16.10 e 49.15). Em segundo, Pearlman, afirma que Jesus após sua morte, desceu ao coração da terra (Mt 12.40; Lc 23.42,43) para libertar os santos do Antigo Testamento, levando-os consigo para o paraíso celestial. Ele mesmo explica dizendo que “essa descrição parece indicar que houve uma mudança nesse mundo dos espíritos e que o lugar ocupado pelos justos que aguardam a ressurreição foi traslado para as regiões celestiais”.
A
implicação obvia de acordo com esta proposta de Pearlman é que “desde este
acontecimento os espíritos dos justos sobem para o céu [2]”. Bom,
se os espíritos dos santos do AT subiram para o céu a partir deste momento
especial, a conclusão lógica, é que antes de Cristo, os fieis iam para ao lado
do inferno e que estavam presos por lá até Cristo chegar.
Jesus de fato foi ao inferno. Quem disse isso foi o Apostolo Pedro,
3,19; Ele foi até as partes mais baixas e pregou aqueles que morreram na época
de Noé. Ap 1,18 diz ” Ele tem as chaves da morte e do inferno”. Jesus veio ao
mundo para pagar o preço exigido para que o homem fosse salvo, Ele precisava
cumprir com todo o ritual exigido no velho testamento. Is 53,10 fala de
maneira clara o que era exigido. O grande esforço de sua alma teve a grande
recompensa, salvar os homens de todos os seus pecados e levar pra Deus. (essa parte foi extraída
da internet de fontes seguras).
Conclusão
A ressurreição de Jesus foi um ato de
Deus e nenhum esforço humano poderia impedi-la.
Por vossa irmã em Cristo Rosa Dias
Muito edificante este estudo. Deus nosso Senhor Contnue sempre te abençoando. Paz de Cristo.
ResponderExcluirAmem, orai por nós irmão Hélio, visite sempre nossa página, Deus te abençoe.
Excluirsou grata a Deus pela minha vida.
ResponderExcluirsou grata a Deus pela minha vida.
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