Total de visualizações de página

Bem vindos ao meu blog... Missionária Rosa Dias

terça-feira, 29 de julho de 2014

Estudo no Salmo 22

“O Salmo da crucificação”
Leitura Salmo 22 
1 ¶ Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste? Por que te alongas do meu auxílio e das palavras do meu bramido?
2 Deus meu, eu clamo de dia, e tu não me ouves; de noite, e não tenho sossego.
3 Porém tu és santo, tu que habitas entre os louvores de Israel.
4 Em ti confiaram nossos pais; confiaram, e tu os livraste.
5 A ti clamaram e escaparam; em ti confiaram, e não foram confundidos.
6 Mas eu sou verme, e não homem, opróbrio dos homens e desprezado do povo.
7 Todos os que me vêem zombam de mim, estendem os lábios e meneiam a cabeça, dizendo:
8 Confiou no Senhor, que o livre; livre-o, pois nele tem prazer.
9 Mas tu és o que me tiraste do ventre; fizeste-me confiar, estando aos seios de minha mãe.
10 Sobre ti fui lançado desde a madre; tu és o meu Deus desde o ventre de minha mãe.
11 ¶ Não te alongues de mim, pois a angústia está perto, e não há quem ajude.
12 Muitos touros me cercaram; fortes touros de Basã me rodearam.
13 Abriram contra mim suas bocas, como um leão que despedaça e que ruge.
14 Como água me derramei, e todos os meus ossos se desconjuntaram; o meu coração é como cera, derreteu-se no meio das minhas entranhas.
15 A minha força se secou como um caco, e a língua se me pega ao paladar; e me puseste no pó da morte.
16 Pois me rodearam cães; o ajuntamento de malfeitores me cercou, traspassaram-me as mãos e os pés.
17 Poderia contar todos os meus ossos; eles vêem e me contemplam.
18 Repartem entre si as minhas vestes, e lançam sortes sobre a minha roupa.
19 Mas tu, Senhor, não te alongues de mim. Força minha, apressa-te em socorrer-me.
20 Livra a minha alma da espada, e a minha predileta da força do cão.
21 Salva-me da boca do leão; sim, ouviste-me, das pontas dos bois selvagens.
22 ¶ Então declararei o teu nome aos meus irmãos; louvar-te-ei no meio da congregação.
23 Vós, que temeis ao Senhor, louvai-o; todos vós, semente de Jacó, glorificai-o; e temei-o todos vós, semente de Israel.
24 Porque não desprezou nem abominou a aflição do aflito, nem escondeu dele o seu rosto; antes, quando ele clamou, o ouviu.
25 O meu louvor será de ti na grande congregação; pagarei os meus votos perante os que o temem.
26 Os mansos comerão e se fartarão; louvarão ao Senhor os que o buscam; o vosso coração viverá eternamente.
27 Todos os limites da terra se lembrarão, e se converterão ao Senhor; e todas as famílias das nações adorarão perante a tua face.
28 Porque o reino é do Senhor, e ele domina entre as nações.
29 Todos os que na terra são gordos comerão e adorarão, e todos os que descem ao pó se prostrarão perante ele; e nenhum poderá reter viva a sua alma.
30 Uma semente o servirá; será declarada ao Senhor a cada geração.
31 Chegarão e anunciarão a sua justiça ao povo que nascer, porquanto ele o fez.
Introdução
As palavras iniciais remetem o leitor à crucificação, pois Jesus as citou na cruz (Mateus 27.46).  É comum, portanto interpretar o salmo 22 apenas com referencias a vida de Jesus; precisamos também saber o que ele significava para o salmista na época em que foi escrito.
·                  O  salmo divide em duas partes:
1.  (Sl 22: 1-22) é uma lamentação do salmista que se encontra profundamente angustiado e tem impressão de que Deus o abandonou.
2. (Sl 22: 22-31) é um cântico de louvor a Deus por aquilo que ele fez na vida do salmista, juntos as duas seções ensinam uma profunda lição teológica relacionada à lacuna que às vezes observamos entre a vida de fé e nossa experiência. Apesar de o salmista crer em Deus, esta sofrendo; a fé em Deus não exclui o sofrimento; há muitos cristãos que pensam que os verdadeiros fiéis não experimentam o sofrimento e que este é sinal de pecados ocultos. O salmo 22 contesta essa ideia. O salmista não confessa nenhum pecado; pelo contrário, expressa sua fé intensa e devoção ao Senhor. Apesar de sua confiança e fé, porém, sofreu e se sentiu abandonado por Deus; precisamos lembrar que a fé não é uma vacina contra enfermidades e sofrimentos; ter fé significa, contudo, que ao passarmos pelo sofrimento, a mão do Deus fiel estará presente para nos salvar. Por isso o salmo 22 começa com clamor de desespero e termina com louvores pelo livramento. (conferir C.B.A)
·                  O  salmo também é messiânico ‘o sofrimento do Messias’.
***  O  Embora tivesse sido escrito 1.000 anos A.C, é uma descrição tão vívida da crucificação de Cristo que poderíamos pensar que o autor estava pessoalmente presente ao pé da cruz; as palavras de Jesus ao morrer (v.1), os escárnios dos seus inimigos (vs. 7 e 8), suas mãos  e pés transpassados (v.16), suas roupas divididas entre os soldados  (v. 18), algumas dessas declarações não são aplicáveis a Deus nem a qualquer acontecimento conhecida da historia, mas tão somente a crucificação de Cristo. (M.BAH).
***  O  A súplica por livramento.
No auge do sofrimento, o Senhor Jesus também teve a sensação de abandono. Dirigiu-se ao Pai usando as mesmas palavras ‘Deus meu, porque me desamparastes?’ Mt 27.46;  devido a sua condição humilhante, o Senhor Jesus se tornou objeto de escárnio e as pessoas ao seu redor  zombavam d’Ele, (v.8).
*** No sofrimento de Jesus; ele se desumanizou e os outros o veem como um pouco mais que um verme, conforme Isaias havia predito; foi desprezado e se tornou como um de quem os homens escondem o rosto, Isaias 53.3, (V.6).
*** Aparentemente abandonado por Deus, desprezado e alvo de zombaria daqueles que o cercam (v.11), os inimigos são descritos como touros e como leão (v.12 e 13), os touros de Basã eram conhecidos por seu tamanho e força, de modo que a imagem expressa o poder e ameaça dos inimigos que o cercam; fazemos a mesma ideia com o leão que despedaça a sua presa, e ainda seus inimigos são comparados como cães que farejam um homem morto (VS. 14 – 16). Mateus 27.35 informa que ao prender Jesus, mesmo antes dele morrer, já repartiram suas vestes; sabemos, pois que as vestes e pertences do defunto só se repartem depois de enterrado.
*** Jesus sofreu a vergonha do martírio da cruz; despido e sem força, a língua presa de secura ao céu da boca, os espinhos da coroa fincavam sua fronte e o sangue escorria pelo seu rosto, entravam nos seus olhos e boca e suas narinas respiram o forte cheiro do sangue e ele impossibilitado de limpar, a agonia foi tamanha, pés e mãos presos na cruz, ninguém podia se aproximar para limpar seu sangue, ele estava no alto da cruz e sentia muita sede, uma sede  insuportável, pedia água, mas eles encharcaram uma esponja em vinagre e esfregaram em sua boca e gritavam ‘quer água, beba’.
*** Em Mateus 27.27-56 vemos a crucificação de Jesus; depois do açoitamento, o Filho de Deus foi maltratado e humilhado por soldados e apareceu em público vestindo um manto escarlate; puseram-lhe uma cora de espinho que destacava a intenção de escarnecer dele.
*** Jesus enfraqueceu fisicamente pelo açoitamento e não conseguiu carregar a cruz, lançaram mão de um homem do campo, por nome Simão, de Cirene (atual Líbia); foi obrigado pelos soldados romanos a carregar a cruz, nesta hora não achou ali um discípulo de Jesus para oferecer a carregar a cruz de seu mestre, esse privilégio foi para um gentio.
*** O Golgota era um lugar proeminente fora de Jerusalém, onde os criminosos eram crucificados. O corpo deles era deixado ali para servir de advertência ao povo, Jesus foi crucificado com uma frase sobre sua cabeça ‘Este é o Rei dos judeus’; sem duvida tratava se de uma zombaria, um tom de escárnio, mas expressava a verdade.
*** Jesus resistiu o máximo a dor; a multidão que assistia a crucificação, entre eles os principais sacerdotes, com os escribas e anciãos, proferia insultos a ele, assim como o ladrão da esquerda; a rejeição de Jesus foi total, ele sofreu terrivelmente.
*** Há nas escrituras varias referencias a esses versículos, indicando que Mateus estava interessado em contar a morte de Jesus como cumprimento da vontade e do propósito de Deus expressos no Antigo Testamento; (a escuridão que cobriu a terra é uma referencia a Amós 8.9 e mostra o descontentamento do Senhor; o desamparo na cruz, Sl 22.1; as vestes repartidas para sorteio, Sl 22.18; o vinagre oferecido, Sl 69.21).
*** Jesus manteve o controle ate o fim, ate que entregou o seu espírito; ninguém lhe tirou a vida, ele mesmo a ofereceu em resgate de muitos. O véu do templo rasgado por causa do terremoto tinha importância simbólica para os escritos dos evangelhos; o véu separava o santuário do restante do templo, seu rompimento marcou a abertura do caminho entre os homens e Deus por meio de Jesus e a rejeição ao antigo sistema de sacerdotes e sacrifícios, que dominava o templo e suas atividades.
*** Mateus é o único que menciona após a morte de Jesus, um terremoto e a ressurreição de muitos corpos de santos que dormiam.
*** Os próprios  soldados que o crucificaram afirmaram ‘verdadeiramente  este era o Filho de Deus’.
·                  Jesus é sepultado (Mateus 27.57-66).
José de Arimatéia obteve permissão para sepultar Jesus, a fim de que ele não fosse lançado em uma vala comum, ou deixado ali na cruz para as aves e betas feras, pois esta era uma sentença para os corpos crucificados; José correu o risco de se tornar ritualmente impuro no sábado por haver tocado um morto, mas ele quis demonstrar seu amor e seu respeito pelo mestre. As mulheres continuaram ali, observando o que acontecia.
·                  Jesus é ressuscitado (Mateus 28.1-15).
O testemunho das mulheres era pouco valorizado em Israel; sendo inadmissível na corte; nem o apostolo Paulo cita mulheres como testemunhas da ressurreição (I Cor 15.5-6); por isso é surpreendente que os evangelhos relatam que as primeiras testemunhas da ressurreição tinham sido as mulheres; Mateus não poderia inventar essa historia, essa historia é contada e aceitada porque é verdadeira. O anjo ignorou os guardas e falou apenas com as mulheres, ele as tranquilizou, ele sabia que elas estavam procurando por Jesus e mostrou a tumba vazia. As mulheres foram tomados por um tipo de emoção e então Jesus apareceu a elas em pessoas e as saudou, elas caíram aos pés do Senhor e o adoraram, porém alguns dos discípulos duvidaram da ressurreição de Jesus, mas elas não, tal atitude elevou as mulheres a uma certa honra aos olhos dos apóstolos e diante do mundo, as mulheres devem continuar dizendo ao mundo que Jesus ressuscitou dos mortos e esta vivo. Mesmo assim muitos homens não concordam ainda hoje em mulheres estarem na frente da obra, porém Deus não as veem assim, ele ignora tal atitude, Ele é Soberano e honra e levanta quem Ele quer, Ele sabe quem tem a sua obra no coração e anseia por proclama La.
·                  O boato (Mateus 28.1-15).
Ao recuperar a consciência, os soldados correram para contar aos sacerdotes o que haviam acontecido, estes por sua vez espalharam o boato, que os discípulos haviam roubado o corpo de Jesus.
·                  Jesus desce ao inferno
Nas Escrituras Hebraicas, a palavra usada para descrever a esfera dos mortos é “Seol”. Esta palavra simplesmente significa “lugar dos mortos” ou o “lugar das almas, espíritos que partiram”. A palavra grega do Novo Testamento que é usada para inferno é “Hades”, que também se refere ao “lugar dos mortos”. Outras Escrituras no Novo Testamento indicam que Seol/Hades é um lugar temporário, onde as almas ficam enquanto aguardam a ressurreição e julgamento final.  Apocalipse 20:11-15 dá a distinção clara entre os dois. Inferno (o lago de fogo) é o lugar final e definitivo de julgamento para os perdidos, (Mateus 11:23; 16:18; Lucas 10:15; 16:23; Atos 2:27:31), o território dos salvos e o dos perdidos. O território dos salvos é chamado “Paraíso” e “Seio de Abraão”. Os territórios dos salvos e dos perdidos eram separados por um “grande abismo” (Lucas 16:26). Quando Jesus subiu aos Céus, Ele levou consigo os ocupantes do Paraíso (os crentes) (Efésios 4:8-10). O lado perdido do Seol/Hades permaneceu intacto. Todos os mortos incrédulos para lá vão e esperam seu futuro julgamento final. Jesus foi ao Seol/Hades? Sim, de acordo com Efésios 4:8-10 e I Pedro 3:18-20.
Para o teólogo escocês e judeu, Myer Pearlman, a passagem de I Pe 3.19 testifica que Jesus desceu ao inferno em algum momento entre sua morte e ressurreição. Mas Jesus desceu ao inferno para fazer o que exatamente?  Em primeiro lugar, Pearlman credita esta passagem como um cumprimento de profecias, ou seja, Jesus estava apenas cumprindo profecias do AT (Salmo 16.10 e 49.15). Em segundo, Pearlman, afirma que Jesus após sua morte, desceu ao coração da terra (Mt 12.40; Lc 23.42,43) para libertar os santos do Antigo Testamento, levando-os consigo para o paraíso celestial. Ele mesmo explica dizendo que “essa descrição parece indicar que houve uma mudança nesse mundo dos espíritos e que o lugar ocupado pelos justos que aguardam a ressurreição foi traslado para as regiões celestiais”.
A implicação obvia de acordo com esta proposta de Pearlman é que “desde este acontecimento os espíritos dos justos sobem para o céu [2]”. Bom, se os espíritos dos santos do AT subiram para o céu a partir deste momento especial, a conclusão lógica, é que antes de Cristo, os fieis iam para ao lado do inferno e que estavam presos por lá até Cristo chegar.
Jesus de fato foi ao inferno. Quem disse isso foi o Apostolo Pedro, 3,19; Ele foi até as partes mais baixas e pregou aqueles que morreram na época de Noé. Ap 1,18 diz ” Ele tem as chaves da morte e do inferno”. Jesus veio ao mundo para pagar o preço exigido para que o homem fosse salvo, Ele precisava cumprir com todo o ritual exigido no velho testamento. Is 53,10 fala de maneira clara o que era exigido. O grande esforço de sua alma teve a grande recompensa, salvar os homens de todos os seus pecados e levar pra Deus. (essa parte foi extraída da internet de fontes seguras).
Conclusão
A ressurreição de Jesus foi um ato de Deus e nenhum esforço humano poderia impedi-la.
Por vossa irmã em Cristo Rosa Dias 




4 comentários:

  1. Muito edificante este estudo. Deus nosso Senhor Contnue sempre te abençoando. Paz de Cristo.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Amem, orai por nós irmão Hélio, visite sempre nossa página, Deus te abençoe.

      Excluir